Acho que a vida é feita disso mesmo: de perdas e de esperança na reconquista. Pensei nisso depois de ler um pouco mais sobre a história do último CD da Bailey Rae, sobre como ela encarou esse momento da vida dela…
Mesmo quando não perdemos um parente, um amigo, o namorado, o marido, o emprego, uma oportunidade, às vezes perdemos a fé em nós mesmos. Aliás, quantas vezes….!
O filósofo brasileiro Huberto Rohden diz que nos apegamos à família, aos amores, à carreira como forma de alcançar a felicidade e que nós não deveríamos fazê-lo. São coisas materiais. Peraí, como não fazê-lo??? Não consigo ver minha felicidade não atrelada a esses fatores, sobretudo a família! Mas, num certo ponto, ele tem razão, quando diz que estamos sujeitos, todos os dias, a perdê-los. E se esses forem nosso único alicerce, a casa cai fácil fácil. Por isso, precisamos buscar as estruturas em nós mesmos (aí ele diz, “no seu deus interno” – não exatamente com essas palavras, mas algo assim…). Tarefa complicada, não?
Mas eu vejo a vida como cultivar na caatinga. Mesmo durante a seca braba, sabemos que uma hora a chuva virá e o solo trincado verdejará outra vez. Pelo menos, é nisso que nos agarramos para não sucumbir a essas faltas. Talvez seja assim mesmo… vamos, devagar, nos encontrando no caminho entre uma perda e outra.