Ser capitã desse mundo / Poder rodar sem fronteiras / Viver um ano em segundos / Não achar sonhos besteira
Nunca ouvi essa música da Maria Gadú até o fim porque o primeiro verso me irritava com o tal “Shimbalaiê”. Não curto essas palavras inventadas sem sentido (na verdade, eu gosto de “Avohai” – mas porque eu acho que tem sentido. Pode ser que a dela tenha também e eu não saquei, enfim…). Mas hoje, ao dar aquela fuçada básica em perfis de orkut semi-desconhecidos, me deparei com esta frase, bonita, que piscou pra mim: “Poder rodar sem fronteiras, não achar sonhos besteiras”. Dei um Google ainda mais básico e me surpreendi quando vi que essa frase vinha, exatamente, depois do Shimbalaiê que eu nunca consegui atravessar…
Falar em ser capitão do próprio mundo é algo que mexe comigo – afinal, em alguns meses eu colocarei a mochila nas costas e partirei sola para o Velho Mundo – poderia dizer sem lenço sem documento, mas o passaporte é preciso. Enfim, na verdade, o que essa música me fez pensar quando vi a letra toda é no quanto as pessoas estão em busca disso, dessa liberdade, de viver a vida intensamente através de pequenos prazeres, que estão tão perto quanto longe está a nossa capacidade de apreciá-los. E sentimos falta disso. Quase algo “primitivo”.
Meu autor preferido, Walt Whitman, falava nisso nos idos do século XIX (sim, há uns 150 anos atrás). Os Beatniks buscavam isso. Os Tropicalistas cantavam isso. Minha mãe já quis isso. Amigos também estão em busca disso. E parece que passa geração, nasce geração, passa geração, a busca continua. Se parece tão natural do ser humano, por que será que nos afastamos disso então? Só para ter o prazer da busca? Porque a impressão que eu tenho é de que, no fim, ninguém encontra de verdade. De um jeito ou de outro, parece que as pessoas voltam para onde estavam. Será uma busca vazia? Ou uma busca necessária – mas com prazo de validade mesmo?
Poético não?
Mas enfim deixo um questionamento ainda maior. (e mais antigo)
As famos frases filosóficas e milenares:
De onde viemos? Para onde vamos? Por que estamos aqui? …
O ser humano está caminhando há milênios em uma busca constante de respostas. E alguém da publicidade citou isto muito bem em um comercial: “São as perguntas que movem o mundo, e não as respostas”.
Enfim, para atingirmos a sublime sabedoria devemos buscar as respostas de dentro pra fora.
Está tudo sempre a mostra e nunca vemos.
É uma fusão entre o científico e o espiritual. É a religião e a razão de mãos dadas
Pensemos nisso
Um Abraço e bom dia