O mais incrível de estar longe do seu país e das coisas que lhe são comuns é descobrir como as relações humanas podem fazer o mundo não ter fronteiras. Faço parte de um grupo de voluntários de uns 18 países diferentes. Cada um com suas crenças, suas perspectivas, suas neuras, suas inseguranças, suas vaidades, suas vontades, seus preconceitos, seus costumes…
Postos lado a lado, numa fila, somos todos diferentes. Quando estamos em nós mesmos apenas, somos todos diferentes e impenetráveis. Mas, de repente, por razões que eu não quero entender, você se vê cantando e dançando Spice Girls no meio da rua com uma suíça que fala espanhol, ou fazendo caretas com um alemão que sorri como se todo o dia no país de onde ele vem fosse dia de Sol, ou rebolando na balada com um inglês (sem ligar muito para possíveis más interpretações), rebolando ainda mais com um costa-riquenho (certa de estar entre hermanos) e mais e mais ainda com um alemão gay que tem cara de inglês e alma latina.
São exemplos (caricatos, porém verídicos rs) de uma das experiências mais reveladoras que já pude ter: sentir tal conexão com esses e outros distantes e, a princípio, opostos. No fim, são todos humanos, feitos da mesma carne e osso. Fomos moldados de formas diferentes pelas fronteiras e convenções nelas encerradas. Mas quando pessoas de diferentes partes do mundo se encontram no mesmo lugar por algum motivo, independente de onde vieram, as fronteiras não importam mais. Somos nós, pura e simplesmente. Buscando no estranho a possibilidade de se reconhecer e se conhecer um pouco mais.
A isso, eu brindo… Cheers!