Felicidade pura e sincera
faz até o piano mal tocado na estação encher o coração de sorrisos
atrai boas energias e dispensa pedir licença à moça parada no lado esquerdo da escada rolante
ouve conversa alheia no vagão lotado como se fosse um conto de Machado
puxa papo com o senhorzinho que divulga seu próprio livro de poesia entre uma viagem e outra
incentiva os olhos a sorrirem gratuitamente numa circunstância rotineira
e se escancara, sobretudo, quando não há nenhuma razão aparente pra se sentir feliz
Simplesmente porque se é
In-con-di-cio-nal-men-te
* * *
“Você sorriu hoje?… Não???
Então sorria e… ‘Tenha fé’
Mesmo que seja ‘pequena’
E seu sorriso seja triste…
Pois mais triste que um sorriso triste
É a tristeza de viver sem fé
E não saber sorrir (…).”
Por Limoeiro Ramon, o tiozinho do metrô
[…] hoje à tarde, das mãos do poeta do metrô, esses versos despretensiosos… E, ao final da leitura, olhei para dentro de mim através dos […]