“Yo conozco y llego a ser yo mismo sólo al manifestarme para el otro, a través del otro y con la ayuda del otro.
Los actos más importantes que constituyen la autoconciencia se determinan por la relación a la otra conciencia.
Ser significa ser para otro y a través del otro ser para si mismo.”
Conhecemo-nos através do outro. Nos constituímos do outro. Bakhtin tem toda a razão!
Relacionamentos são lindos e intensos por causa disso. Porque não saímos incólumes deles. Eles ficam na gente. Somos a soma daquilo que já éramos e daquilo que queremos para nós – e que buscamos aprender e adquirir com o Outro. O Outro fica na gente. Isso dá medo às vezes. Quando perdemos a presença do Outro, parece que essa parte da gente não faz mais sentido. Mas faz! É nossa, e só nossa. Foi a gente quem fez: pegou daqui, dali, acrescentou, tirou – e voilà!
Não tenha medo daquele novo gosto adquirido, das músicas que você adotou, dos lugares favoritos que merecem ser revisitados… de tudo aquilo que foi bom e verdadeiro demais para entrar no espólio da relação. Aceite: é seu! Entenda que reviver é impossível, a vida é um devir, mas se abra para a boa notícia de que, como me disse uma amiga hoje, a mesma paisagem pode ser fotografada de outro ângulo. E enquadrar outros rostos. E abraçar novas emoções, novos sonhos, novas possibilidades. O que é seu, é seu. Não renegue. Novos Outros virão.
Lembrei disto: http://www.youtube.com/watch?v=oCjpqx3cXs0.
“Cada uno da lo que recibe
Y luego recibe lo que da,
Nada es más simples,
No hay otra norma:
Nada se pierde,
Todo se transforma.”
Que bonita! Não conhecia. As fotos não se perdem, se transformam