Dizem que somos todos irmãos, estamos todos conectados de alguma forma. Ao mesmo tempo, temos receio do outro, do suposto estranho. Quando vejo o prazer, a satisfação genuína que as pessoas sentem em quebrar essa barreira, faz para mim todo o sentido essa conexão metafísica. Nós queremos estender a mão em meio a essa rotina e devir loucos, e sentir a pressão de outra, que também se estendeu na mesma busca.
Se tem uma coisa que me deixa genuinamente feliz – aquela felicidade sem motivo aparente, que se faz da pura alegria de se perceber vivo e divino num mundo de pessoas vivas e divinas – é quando eu trombo com um desconhecido na rua, no metrô, na fila, trocamos algumas palavras e sorrisos, talvez até experiências e histórias, e meu coração se enche de um amor ingênuo. Não conheço aquela pessoa e, mesmo assim, sinto o amor invadindo. É dos sentimentos mais lindos, porque vem da alma (é tão melhor quando eu digo “soul”. Em português, soa piegas rs. Ok, fecha parênteses).
Já vi várias experiências de pessoas que se sentam na calçada, colocam um plaquinha e oferecem abraços, beijos, contação de histórias… Uma amiga que está viajando o mundo (atualmente, está na América Latina) fez isso para ouvir histórias do povo local sobre a História daquele país. Eu já pensei nisso. Tenho tanta vontade de perguntar “qual sua história” por aí……. Cada um de nós é um universo, dizia Raul. Imagina quanta coisa a descobrir, quanta gente pra inspirar e ser inspirado…….
Daí hoje topei com este vídeo aqui. Uma piscina de bolinha que convida a entrar com um desconhecido e sair com um amigo. Somos todos bolinhas como aquelas – e somos todos especiais!
***