Minhas Folhas de Relva

percepções do cotidiano em letras livres

Say “Hi!” instead of “Why?” 04/04/2013

Filed under: Comportamento,Cotidiano — Aline Moraes @ 11:08 AM
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Ontem, Jean Wyllys estava no Saia Justa discutindo com a mulherada sobre Casamento Homossexual. Ou bem melhor dizendo, Casamento Igualitário. Qualquer opinião ou regulamentação deve passar pelo princípio do respeito às liberdades individuais. Goste ou não, respeite e aceite. Não lute para impedir que cada um viva a vida a seu próprio modo.

Duas moças que participaram do povo-fala sobre o casamento igualitário usaram o argumento da “família”. Estão destruindo o conceito de família! Mas, veja só que interessante: Até o século 17, o casamento era um contrato de negócio, ou de conveniência. Só então as pessoas conquistaram o casamento por amor. Mas ainda não era possível se divorciar caso o amor tivesse acabado. Apenas recentemente esse direito foi adquirido perante a justiça e a sociedade. Os conceitos mudam mesmo. De casamento, de família. E estão mudando de novo. Quem tem aí seus 20  ou 30 anos, saiba que, quando tiver filhos na escola, vai topar na reunião de pais com casais homossexuais, já vá se acostumando com a ideia, se ela te choca. Seus filhos certamente crescerão mais tolerantes nesse sentido, porque o mundo assim será.

Hoje de manhã, minha Mamis me questionou como eu me sentiria se ela, no alto de seus 53 anos, revelasse que é, na verdade, gay (ela estava falando isso por causa do caso da Daniela Mercury). E se, mais tarde, ela aparecesse com uma namorada. O que eu sentiria? Aceitaria? Seria muito difícil, mas eu teria de aceitar. Se eu conseguiria conviver com elas? A princípio talvez não. Toda mudança drástica, e que mexe com nossas estruturas, exige esforço para ser compreendida e aceita. Leva tempo. Mas eu teria que aprender a aceitar e conviver. Ou, simplesmente, me afastaria da minha mãe e sairia perdendo. Ela é que não iria mudar de opção sexual por minha causa. Como diz a música que o cantor Sonny (que foi marido de Cher) escreveu: “esse mundo tem muito espaço e se eles não gostam da minha cara, não serei eu a sair daqui.” No melhor estilo “os incomodados que se mudem”.

Então, lembrando as discussões sobre casamento igualitário, que estão pipocando pelo mundo todo, marcando um novo momento na história do casamento e da família, deixo aqui o clipe da música Laugh At Me (“ria de mim”, em português) e a mensagem que ela deixa no final: por que não dizer “Oi!”ao passar por quem é diferente ao invés de questionar “Por quê”?

* * *

* * *

This world’s got a lot of space
And if they don’t like my face
It ain’t me that’s going anywhere, no

So I don’t care
Let ‘em laugh at me
If that’s the fare
I have to pay to be free

Then baby, laugh at me, and I’ll cry for you
And I’ll pray for you
And I’ll do all the things
That the man upstairs says to do

I’ll do ‘em for you
I’ll do ‘em
I’ll do ‘em all for you

It’s gotta stop someplace
It’s gotta stop sometime

I’ll make sure that she’s mine
And maybe the next guy
That don’t wear a silk tie
He can walk by and say hi

Say, hi
Instead of why
Instead of why
Instead of why babe

Instead of why