Minhas Folhas de Relva

percepções do cotidiano em letras livres

Para que servem os créditos finais de um filme 29/01/2012

Filed under: Cotidiano,Cultura,Divã — Aline Moraes @ 7:57 PM
Tags: , ,

Que pedantes aqueles que ficam no final do filme para assistir aos créditos, dizem por aí.

Sabe, eu confesso… sou desses. Conheço 0,000009% dos nomes que rolam pela tela – provavelmente, menos que isso, aliás. Mas gosto de ficar ali, sentada, assistindo ao movimento das letras acompanhando a trilha sonora. É a chance de, ainda mergulhada naquela atmosfera, pensar sobre tudo que vi, lembrar da cena mais engraçada ou de secar as últimas lágrimas.

É, do filme, a minha despedida.

Assisti hoje a esse filme pela primeira vez. Os créditos - em italiano, que eu desconheço - me foram muito úteis.

 

Um (ótimo) estranho no ninho 03/04/2010

Filed under: Cotidiano,Cultura — Aline Moraes @ 12:04 AM
Tags: , , ,

Nesse feriado, fui ao cinema com meus pais. Cinema de shopping, aquela coisa bem Blockbuster mesmo, com direito a filas enormes para comprar pipoca. Não é o tipo de cinema onde eu costumo ir, mas até que é legal ter alguém para ir ao Cinemark pra variar… E fomos lá para assistir a Ilha do Medo – “humm… acho que meu pai vai gostar desse thriller”.

Saí de casa dizendo que o diretor é muito bom, super aclamado, etc etc etc. E, apesar do comentário, percebi que eu não havia me dado conta de que estávamos indo assistir a um filme do Scorsese. Devia ter pensado que não seria um thriller qualquer – e que meu pai talvez não gostasse no fim…

Bom, eu achei genial! Trilha sonora precisa, direção e fotografia impecáveis, enredo muitíssimo bom (baseado no livro “Paciente 67”, de Denis Lehane), um suspense psicológico que, de fato, mexe com a sua cabeça. Uma história sobre culpa, vingança e loucura. Enfim… não vou ficar aqui falando do filme, até porque ele estreou há pouco e eu não quero antecipar nada. Mas é uma ótima experiência cinematográfica.

(more…)

 

Preciosa 03/03/2010

Filed under: Cotidiano,Cultura — Aline Moraes @ 10:57 AM
Tags: , , , , ,

Eu já tinha ouvido falar desse filme, Precious, estrelado por uma atriz novata, de 26 anos, que logo de cara recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz por viver nas telas uma adolescente negra, gorda, pobre, analfabeta, violentada pelo pai, abusada pela mãe. Queria assistir ao filme para ver “quem é essa menina???”.

Me surpreendi. Não só pela atuação de Gaborey Sidibe, que conseguiu incorporar a personagem (quase-verídica*) do livro Push (Record), escrito pela norte-americana Sapphire. Acho que gostei até mais da interpretação de Mo’Nique, que faz a mãe de Precious – e está indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, com todo o louvor.

Me surpreendi mesmo com a minha reação. Fiquei paralisada. Quando o filme terminou, eu quase não piscava enquanto os créditos iam passando ao som de uma música que eu não conhecia, mas gostei muito. Precious me tocou de um jeito estranho. Durante o filme, chorei só uma vez, quando vi Precious falar (gritar) – e, pela primeira vez, sem medo do que ia dizer ou como – sobre sua vida sofrida e sobre como o “amor” não havia feito nada por ela. Eu só consegui chorar mesmo quando entrei na estação Vila Madalena do Metrô, em direção à minha casa.

(more…)