Minhas Folhas de Relva

percepções do cotidiano em letras livres

Sobre medos 05/09/2013

Filed under: Comportamento,Cotidiano,Divã — Aline Moraes @ 4:40 PM
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I’m not affraid of time.
I fear timming.
I’m not affraid of being alone.
I fear not being in touch with myself
and finding real peace.

But you know what???? I’m not affraid of quitting fear.
“Don’t be affraid. Ever!”

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Watched today “Being Elmo”, the story about the character and it’s creator. A history about love and being fearless – although we might question, and get a little anxious and nervous sometimes… 😉

 

Take a seat, make a friend 20/08/2013

Filed under: Comportamento,Cotidiano — Aline Moraes @ 10:38 AM
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Dizem que somos todos irmãos, estamos todos conectados de alguma forma. Ao mesmo tempo, temos receio do outro, do suposto estranho. Quando vejo o prazer, a satisfação genuína que as pessoas sentem em quebrar essa barreira, faz para mim todo o sentido essa conexão metafísica. Nós queremos estender a mão em meio a essa rotina e devir loucos, e sentir a pressão de outra, que também se estendeu na mesma busca.

Se tem uma coisa que me deixa genuinamente feliz – aquela felicidade sem motivo aparente, que se faz da pura alegria de se perceber vivo e divino num mundo de pessoas vivas e divinas – é quando eu trombo com um desconhecido na rua, no metrô, na fila, trocamos algumas palavras e sorrisos, talvez até experiências e histórias, e meu coração se enche de um amor ingênuo. Não conheço aquela pessoa e, mesmo assim, sinto o amor invadindo. É dos sentimentos mais lindos, porque vem da alma (é tão melhor quando eu digo “soul”. Em português, soa piegas rs. Ok, fecha parênteses).

Já vi várias experiências de pessoas que se sentam na calçada, colocam um plaquinha e oferecem abraços, beijos, contação de histórias… Uma amiga que está viajando o mundo (atualmente, está na América Latina) fez isso para ouvir histórias do povo local sobre a História daquele país. Eu já pensei nisso. Tenho tanta vontade de perguntar “qual sua história” por aí……. Cada um de nós é um universo, dizia Raul. Imagina quanta coisa a descobrir, quanta gente pra inspirar e ser inspirado…….

Daí hoje topei com este vídeo aqui. Uma piscina de bolinha que convida a entrar com um desconhecido e sair com um amigo. Somos todos bolinhas como aquelas – e somos todos especiais!

***

 

A Carta e o Vírus 09/05/2013

Filed under: Comportamento,Cotidiano,Divã — Aline Moraes @ 11:47 PM
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* * *

Ela é endereçada a mim, a você… A nós que – mesmo a trancos e barrancos – sabemos que a tal felicidade é uma busca cheia de esperança e contentamento pelo caminho. Que “a tristeza tem fim“. E que os momentos bons é que ficam

Não vá levar tudo tão a sério…
Sentindo que dá, deixa correr.
Se souber confiar no seu critério,
Nada a temer.

Não vá levar tudo tão na boa…
Brigue para obter o melhor!
Se errar por amor, Deus abençoa.
Seja você.

No que sua crença vacilou,
A flor da dúvida se abriu…

Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão.
[Entendeu?]

É esse o vírus que eu sugiro que você contraia.
Na procura pela cura da loucura,
Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia…
[Viu?!]

 

04/04/2005 04/04/2013

Filed under: Cotidiano — Aline Moraes @ 11:23 AM
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“Há oito anos, decidimos fazer um pacto com chiclete, celebrando a compra de um símbolo de amizade eterna. E até hoje, acumulando sujeiras mil, segue aqui, brilhando de alegrias, a minha aliança de amor…. Amo vcs, minhas irmãs. Feliz dia da aliança!

Foi mesmo, dia 4 de Abril de 2005. Meses antes de nossas vidas mudarem, tomarem novos rumos, ao final dos anos de Sion. Prestamos vestibular, cada uma fez um curso diferente, numa faculdade diferente. De lá pra cá, já mudamos de país, de opção sexual, de emprego, de namorad@s, de visual, mais uma amiga se juntou ao time, mais uma aliança na parada, mais mudança de cidade, de estado, até de estado civil. E aquela joia continua aqui, no dedo do meio da mão esquerda (ou direita, dependendo do caso). Como disse a Tamy, na mensagem enviada hoje em comemoração ao aniversário da aliança, segue suja, porém brilhando.

Amigas para sempre, é o que diz na parte de dentro. Alguém duvida????

Feita a cinco mãos

Feita a cinco mãos

 

 

Say “Hi!” instead of “Why?”

Filed under: Comportamento,Cotidiano — Aline Moraes @ 11:08 AM
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Ontem, Jean Wyllys estava no Saia Justa discutindo com a mulherada sobre Casamento Homossexual. Ou bem melhor dizendo, Casamento Igualitário. Qualquer opinião ou regulamentação deve passar pelo princípio do respeito às liberdades individuais. Goste ou não, respeite e aceite. Não lute para impedir que cada um viva a vida a seu próprio modo.

Duas moças que participaram do povo-fala sobre o casamento igualitário usaram o argumento da “família”. Estão destruindo o conceito de família! Mas, veja só que interessante: Até o século 17, o casamento era um contrato de negócio, ou de conveniência. Só então as pessoas conquistaram o casamento por amor. Mas ainda não era possível se divorciar caso o amor tivesse acabado. Apenas recentemente esse direito foi adquirido perante a justiça e a sociedade. Os conceitos mudam mesmo. De casamento, de família. E estão mudando de novo. Quem tem aí seus 20  ou 30 anos, saiba que, quando tiver filhos na escola, vai topar na reunião de pais com casais homossexuais, já vá se acostumando com a ideia, se ela te choca. Seus filhos certamente crescerão mais tolerantes nesse sentido, porque o mundo assim será.

Hoje de manhã, minha Mamis me questionou como eu me sentiria se ela, no alto de seus 53 anos, revelasse que é, na verdade, gay (ela estava falando isso por causa do caso da Daniela Mercury). E se, mais tarde, ela aparecesse com uma namorada. O que eu sentiria? Aceitaria? Seria muito difícil, mas eu teria de aceitar. Se eu conseguiria conviver com elas? A princípio talvez não. Toda mudança drástica, e que mexe com nossas estruturas, exige esforço para ser compreendida e aceita. Leva tempo. Mas eu teria que aprender a aceitar e conviver. Ou, simplesmente, me afastaria da minha mãe e sairia perdendo. Ela é que não iria mudar de opção sexual por minha causa. Como diz a música que o cantor Sonny (que foi marido de Cher) escreveu: “esse mundo tem muito espaço e se eles não gostam da minha cara, não serei eu a sair daqui.” No melhor estilo “os incomodados que se mudem”.

Então, lembrando as discussões sobre casamento igualitário, que estão pipocando pelo mundo todo, marcando um novo momento na história do casamento e da família, deixo aqui o clipe da música Laugh At Me (“ria de mim”, em português) e a mensagem que ela deixa no final: por que não dizer “Oi!”ao passar por quem é diferente ao invés de questionar “Por quê”?

* * *

* * *

This world’s got a lot of space
And if they don’t like my face
It ain’t me that’s going anywhere, no

So I don’t care
Let ‘em laugh at me
If that’s the fare
I have to pay to be free

Then baby, laugh at me, and I’ll cry for you
And I’ll pray for you
And I’ll do all the things
That the man upstairs says to do

I’ll do ‘em for you
I’ll do ‘em
I’ll do ‘em all for you

It’s gotta stop someplace
It’s gotta stop sometime

I’ll make sure that she’s mine
And maybe the next guy
That don’t wear a silk tie
He can walk by and say hi

Say, hi
Instead of why
Instead of why
Instead of why babe

Instead of why

 

O Encontro 28/02/2013

Filed under: Comportamento,Cotidiano,Cultura — Aline Moraes @ 8:49 AM
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“Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com Ulay. Durante 5 anos viveram num furgão realizando todo tipo de performances. Quando sentiram que a relação já não valia aos dois, decidiram percorrer a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de um lado, para se encontrarem no meio, dar um último grande abraço um no outro, e nunca mais se ver. 23 anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva a sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse, e foi assim.”

* * *

* * *

Puxa… chorei. Me imaginei num encontro assim daqui 20 anos. Em silêncio e com os olhos marejados por uma intensa história de amor de 2 anos e meio.

Encontrei esse vídeo no Facebook, e algumas pessoas comentaram que a reação de ambos demonstra que talvez tenha sido um erro achar que a relação já não valia a pena. Não sei… Aquelas lágrimas podem não ser por algo que foi abandonado quando não deveria ter sido, e sim pelo passado que não pode ser recuperado – e isso dói. Mesmo numa relação já esgotada. “Eis a verdade banal que descobrimos, frustrados, ao fim de cada encontro: toda memória é um luto pelo que vamos deixando para trás.”

E eles fizeram um minuto de silêncio. Em memória pela relação. E em luto pelo passado.

 

Loucura, dá um tempo… 25/02/2013

Filed under: Cotidiano,Cultura — Aline Moraes @ 9:13 PM
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Loucura, dá um tempo… Que eu quero ter mais tempo pro amor.
Contra ti, loucura, eu canto… E do peito se afasta qualquer sinal de dor.
Loucura, eu sei que volta… Mas sempre há razão pra, de novo, impor:
Loucura, dá um tempo… Que eu quero descanso e mais amor.

* * *

* * *

Lenine se inspirou no Mestre Guimarães Rosa. Leia aqui!

 

O Amor está a caminho 23/03/2010

Filed under: Frases que viram posts — Aline Moraes @ 12:00 AM
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Uma música sensível, uma bela oração –  para aqueles que querem fazer mais do que apenas dobrar os joelhos, marchar e dizer as coisas certas; aqueles que querem deixar um legado.

* * *

Love Is On Its Way

Corinne Bailey Rae

Oh Father,
I wish I had understanding.
Never known more
Never been so well informed
We know the score
Heard it all before,
But I’ve never felt more powerless

There’s so much blood on the streets
So much hope refused
So much grainy teenage photographs on the evening news

Oo, when everywhere’s violence
Silently I go

Love’s on its way
I hope it won’t be too late

When the day comes
And I’ve counted all my sins
How mant I’ll see
I want to be able to say that I did more, more than pray
I did more
Than just spend my money
Just writing letters
Than just going out marching
I did more than talking and saying the right thing
Wearing the right thing
It’s time for an uprising

Love’s on its way
Hope it won’t be too late

Love’s on its way
Love’s on its way
Love’s on its way

Hope it won’t be too late

 

Preciosa 03/03/2010

Filed under: Cotidiano,Cultura — Aline Moraes @ 10:57 AM
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Eu já tinha ouvido falar desse filme, Precious, estrelado por uma atriz novata, de 26 anos, que logo de cara recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz por viver nas telas uma adolescente negra, gorda, pobre, analfabeta, violentada pelo pai, abusada pela mãe. Queria assistir ao filme para ver “quem é essa menina???”.

Me surpreendi. Não só pela atuação de Gaborey Sidibe, que conseguiu incorporar a personagem (quase-verídica*) do livro Push (Record), escrito pela norte-americana Sapphire. Acho que gostei até mais da interpretação de Mo’Nique, que faz a mãe de Precious – e está indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, com todo o louvor.

Me surpreendi mesmo com a minha reação. Fiquei paralisada. Quando o filme terminou, eu quase não piscava enquanto os créditos iam passando ao som de uma música que eu não conhecia, mas gostei muito. Precious me tocou de um jeito estranho. Durante o filme, chorei só uma vez, quando vi Precious falar (gritar) – e, pela primeira vez, sem medo do que ia dizer ou como – sobre sua vida sofrida e sobre como o “amor” não havia feito nada por ela. Eu só consegui chorar mesmo quando entrei na estação Vila Madalena do Metrô, em direção à minha casa.

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